sábado, 6 de março de 2010

INFECÇÕES URINÁRIAS

Significa que bactérias estão presentes no trato urinário. São três as mais comuns:
Cistites
Ela é mais comum na mulher e frequentemente está associada com uretrite. No homem, está geralmente associada à obstrução urinária (problemas de próstata e pedras na bexiga). É causada por bactérias da vagina ou ânus, que contaminam a bexiga. Alguns fatores podem piorar: Certos produtos de higiene, sprays íntimos, banhos de espuma, sabões e OB. Relação sexual, se a uretra está irritada. Determinados alimentos ácidos e álcool. Sintomas: Urgência e frequente necessidade de urinar. Urina pouco de cada vez. Queimação no canal. Dor no baixo ventre. Sangue na urina. Tratamento Médico: Antibióticos ou outras drogas que matam as bactérias. Medicação para aliviar a dor. Aumentar a ingestão de água ou outros líquidos. Repouso para ajudar o corpo a lutar contra a infecção. Banhos de assento - quente, para aliviar os sintomas. Medidas Preventivas: Lavar área genital - diariamente e especialmente antes e após o ato sexual. Esvaziar a bexiga após relação sexual. Cuidados higiênicos - após evacuar, faça a higiene sempre da frente para trás. Quando urinar, esvazie completamente a bexiga, urine em intervalos curtos (3 horas). Evite uso de perfumes, sprays e desodorantes na área genital. Calcinhas - use de algodão que são absorventes, evite nylon que é irritante. Dieta balanceada - alimente-se bem para resistir à doenças.
As cistites, ou infecções da bexiga, são bastante freqüentes nas mulheres. Estima-se que de duas a seis em cada cem mulheres apresentam sintomas de cistite aguda e que 25% das mulheres terão cistite aguda em alguma época de sua vida adulta.
Porque na mulher?
As cistites decorrem da invasão da bexiga por bactérias de origem intestinal, que penetram no trato urinário através da uretra.
Dos fatores anatômicos que explicam a maior propensão das mulheres a desenvolver cistites temos:
A) Proximidade entre o ânus, a vagina e o orifício de abertura do canal uretral. O orifício uretral na mulher abre-se na vagina e esta encontra-se bem próxima ao ânus. Mesmo em mulheres com hábitos higiênicos corretos, torna-se fácil a contaminação da vagina por bactéria intestinais e a subsequente invasão da uretra.
B) O canal uretral mede cerca de 25 cm no homem e de 3 cm na mulher. O pequeno comprimento da uretra na mulher torna muito mais fácil a invasão da bexiga por microorganismos vaginais.
Quais as bactérias que causam a cistite?
A maioria das cistites são causadas por bactérias gram negativas, aeróbicas e dentre estas a escherichia coli é sem dúvida a mais freqüente (85% dos casos), seguida por klebsiella, proteus, pseudomonas. Dentre os gram positivos os mais comuns são: staphylococus saprophyticus e os enterococus.
É importante salientar que o fato do germe penetrar na bexiga não significa, necessariamente, que haverá uma cistite, pois normalmente existe equilíbrio entre as forças invasoras e as defesas naturais do organismo.
Algumas mulheres têm uma predisposição maior para as cistites devido a deficiências nos mecanismos de defesa da bexiga.
Quais os sintomas da Cistite?
As mulheres com cistite apresentam grande aumento do número de micções, com pequenos volumes de urina eliminados de cada vez, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, ardor na uretra, dor na bexiga que piora no final da micção, jato urinário fraco e, algumas vezes, sangue vivo na urina.
Nem sempre todas as manifestações estão presentes e a intensidade das mesmas pode variar.
Ë importante dizer que muitos destes sintomas são comuns a outras doenças da via urinária, portanto, só com a cultura de urina positiva é que podemos afirmar que a mulher tem cistite.
Como se Trata?
Embora em alguns casos de cistite possa ocorrer cura espontânea, a maioria das pacientes precisa ser tratada com drogas antimicrobianas. O tempo de tratamento varia de acordo com a intensidade e o tipo de medicação indicada.
Tratamentos inadequados (tipo de medicação e tempo inapropriados) são a principal causa de repetição ou de cronificação de cistites. O emprego de analgésicos e banhos de assento em água quente podem atenuar os sintomas na fase aguda.
Como preveni-la?
Algumas medidas simples podem reduzir de forma significativa as chances da mulher ter cistites:
a) micções freqüentes: a micção representa um dos mecanismos de defesa mais importante do trato urinário contra a invasão de bactérias (o fluxo de urina "lava" a bexiga e a uretra). Por isso, é importante a ingestão de líquidos regularmente para produzir urina e principalmente urinar pelo menos a cada quatro horas.
b) Higiene pessoal: a higiene feminina implica em cuidados com os orifícios anal, vaginal e uretral de modo a evitar que bactérias intestinais, eliminadas principalmente por ocasião das evacuações, penetrem na vagina e na uretra. Estas medidas devem ser ensinadas na infância e incluem o uso de água corrente ou chuveirinho para lavar-se após as evacuações, (no caso de não ser possível, usar o papel higiênico no sentido de frente para trás e nunca o contrário). Os desodorantes íntimos devem ser evitados, pois podem causar irritação local.
c) Roupas: devem ser evitadas roupas justas e calcinhas de material sintético, pois estas impedem a circulação de ar na região genital, tornando o ambiente favorável ao crescimento de bactérias nocivas.
d) Infecções vaginais: as infecções da vulva e vagina que em geral se manifestam em todas as pacientes com propensão às cistites, tornam o local mais suscetível à ação de bactérias intestinais e portanto às cistites.
e) Atividade sexual: algumas mulheres costumam apresentar cistites após atividade sexual e neste grupo podem ser adotados cuidados preventivos que reduzem a incidência de infecções:
Evitar relações sexuais com a bexiga cheia (mais deve-se "guardar" um pouco de urina na bexiga para urinar logo após a relação).
Dentro do possível, estar bem lubrificada no momento da relação e se isso for difícil utilizar lubrificantes artificiais neutros. A falta de lubrificação facilita a lesão do orifício uretral e do revestimento da vagina.
Evitar posições dolorosas, pois nesses casos pode estar havendo lesão em algum ponto do revestimento vaginal.
Evitar o coito anal, pois este é um excelente "veículo" para as bactérias intestinais até a vagina.
Dentro do possível, fazer higiene da região anal e vaginal antes da relação, para diminuir a população de bactérias nocivas.
Prostratites
É uma infecção da glândula prostática.
É um problema comum no homem. As causas possíveis são bactérias, vírus ou doenças venéreas.
Sintomas:
Edema na área genital. Dor na coxa, testículo, área genital e abdomem inferior.
Frequência aumentada da vontade de urinar. Ereção e ejaculação dolorosas.
Secreção uretral.
Tratamento:
Antibióticos, para matar as bactérias. Antiinflamatórios para acelerar a cura e melhorar a dor. Banhos quentes para melhorar os sintomas.
Evitar ácidos, pimenta e álcool.
Uretrite
É comum no homem.
Sintomas:
Saída de pus pela uretra. Ardor ao urinar.
Antibióticos:
Podem ser prescritos. Dependem dos exames.
Evite automedicar-se! Não aceite sugestões de leigos, o tratamento inadequado de uma uretrite pode levar a consequências graves.
Infecções e Inflamações renais
Pielonefrite
É uma infecção causada por bactérias, que geralmente começa na bexiga ou uretra e alcança o rim, através dos ureteres.
Sintomas:
Dor intensa na região lombar. Febre, dor de cabeça e abatimento. Urina turva e sangue na urina também podem ocorrer.
Tratamento
Drogas (antibióticos, antitérmicos e analgésicos), que combatam os sintomas.
Repouso e hidratação. Geralmente hospitalização.
Glomerulonefrite
É uma inflamação que afeta a parte do rim que filtra o sangue. Ela geralmente acontece após infecções da garganta ou lesões da pele.
Sintomas:
Urina com sangue. Febre e mal estar. Inchaço dos olhos.
Tratamento:
Dieta sem sal. Corticóides, antibióticos. Repouso.
Cada caso deve ser avaliado individualmente!
NÃO TRATADA, esta infecção pode lesar de forma definitiva os rins, levando o paciente até a morte. NÃO TRATADA, esta doença pode lesar o rim, evoluindo com pressão alta e insuficiência renal, necessitando de diálise e transplante.

POSTADO POR: EMERSON RODRIGUES MACEDO

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